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Terapia da Fala – Sinais de Alerta

Existem alguns sinais de alerta a que os familiares, professores e outros profissionais de saúde devem estar atentos, procedendo, se assim o acharem pertinente, para o encaminhamento para a terapia da fala.

Sinais de Alerta na Infância:

  • Não mantém qualquer tipo de interação com o meio (dirigir e manter o contacto ocular, sorrir, iniciar o balbucio/palrar,…) – primeiros meses.
  • Tem dificuldades na compreensão do que lhe é dito – 12 meses.
  • Diz poucas ou nenhumas palavras (mesmo que não articulando corretamente) – 2 anos.
  • Não sabe “brincar”, nem manifesta interesse em interagir ou de comunicar, brincando com os pares ou adultos – 2 anos.
  • Os interlocutores não compreendem (dentro e fora do agregado familiar) o que a criança diz – 3 anos.
  • Não agrega palavras, formando pequenas frases – 3 anos.
  • Apresenta dificuldades na articulação verbal das palavras (nem todos os sons surgem na mesma altura, existe uma cronologia – não estanque – para o aparecimento dos mesmos) – 3 anos.
  • É respirador oral (ruídos inspiratórios, postura de boca aberta, fácies típico).
  • Tem alterações de ressonância.
  • Tem dificuldade em recolher alimento da colher; em aceitar alimentos de diferentes texturas, ou alterações de sensibilidade face às mesmas (ou mesmo aversão); não mastiga ou lateraliza texturas sólidas; não controla a saliva ou alimentos dentro da boca; engasga-se com frequência; apresenta qualquer outro tipo de limitação oro-facial.
  • Está a fazer correção ortodôntica e apresenta posturas das estruturas intraorais incompatíveis com o tratamento, por exemplo a interposição lingual (“língua entre os dentes”).
  • Apresenta rouquidão persistente.
  • Observam-se no discurso bloqueios, reduplicações ou prolongamentos de palavras ou segmentos da palavra (gaguez) – 5 anos.
  • Tem dificuldades de aprendizagem, nomeadamente ao nível da leitura e/ou escrita.
Sinais de Alerta na Idade Adulta

  • Não compreende o que lhe é transmitido verbalmente, ou dá respostas descontextualizadas (oral/escrita).
  • Apresenta dificuldades em se expressar: frases curtas e/ou com elementos ausentes; alteração da ordem das palavras na frase; anomias (dificuldade em lembrar determinada palavra ou conceito); lentidão do discurso; discurso ininteligível.
  • Apresenta alterações na motricidade oro-facial e, consequentemente, alterações na fala e/ou deglutição.
  • Tem dificuldades de alimentação: na deglutição de alimentos de diferentes texturas, ou alterações de sensibilidade face às mesmas; na mastigação ou lateralização de texturas sólidas; no controlo da saliva ou alimentos dentro da boca. Engasga-se com frequência ou apresenta qualquer outro tipo de limitação oro-facial.
  • Apresenta alterações (antigas ou recentes) na fluência verbal.
  • Alterações vocais (rouquidão, episódios de afonia, sensação de dor ou de “corpo” estranho, fadiga vocal).
  • Alterações articulatórias congénitas.
Na dúvida ou persistência de qualquer um dos sinais descritos, deverá pedir avaliação do terapeuta da fala. As alterações tratadas mais precocemente, apresentam prognósticos mais favoráveis.

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